15/04/2014

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Infância não é carreira e filho não é troféu

Desde o nascimento, ou até mesmo na barriga, vejo uma certa comparação, no tamanho da barriga, ah que a da fulana é menor, não parece e tal.

No nascimento que pesou x, mediu x, aprendeu a engatinhar com menos ou mais meses, falou isso e aquilo com tal idade.

Claro que toda mãe tem orgulho quando se desenvolve antes  da 'idade', todo mundo gosta, mais cada mãe precisa saber que cada criança se desenvolve do seu jeitinho e tempo, não adianta forçar nada.

E ter esse habito de sempre falar que o filho é melhor e mais esperto, só serve pro próprio ego, criança é pra ser amada e não realmente um troféu.


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Fonte:todacriancapodeaprender.org.br
Nesse mundo contemporâneo, ter, ser, saber, parecem fazer parte de uma competição. Nesse mundo, alguns pais e algumas mães acabam acreditando que é preciso que seus filhos saibam sempre mais que os filhos de outros. E isso sim seria então sinal de adequação e o mais importante: de sucesso.
O que uma criança deve saber aos 4 anos de idade? Essa foi a pergunta feita por uma mãe, em um fórum de discussão sobre educação de filhos, preocupada em saber se seu filho sabia o suficiente para a sua idade.
Segundo Alicia Bayer, no artigo publicado em um conhecido portal de notícias americano – The Huffngton Post -, o que não só a entristeceu mas também a irritou foram as respostas, pois ao invés de ajudarem a diminuir a angústia dessa mãe, outras mães indicavam o que seus filhos faziam, numa clara expressão de competição para ver quem tinha o filho que sabia mais coisas com 4 anos. Só algumas poucas indicavam que cada criança possuía um ritmo próprio e que não precisava se preocupar.
Para contrapor às listas indicadas pelas mães, em que constavam itens como: saber o nome dos planetas, escrever o nome e sobrenome, saber contar até 100, Bayer organizou uma lista bem mais interessante para que pais e mães considerem que uma criança deve saber.
Veja alguns exemplos abaixo:
  • Deve saber que a querem por completo, incondicionalmente e em todos os momentos.
  • Deve saber que está segura e deve saber como manter-se a salvo em lugares públicos, com outras pessoas e em distintas situações.
  • Deve saber seus direitos e que sua família sempre a apoiará.
  • Deve saber rir, fazer-se de boba, ser vilão e utilizar sua imaginação.
  • Deve saber que nunca acontecerá nada se pintar o céu de laranja ou desenhar gatos com seis patas.
  • Deve saber que o mundo é mágico e ela também.
  • Deve saber que é fantástica, inteligente, criativa, compassiva e maravilhosa.
  • Deve saber que passar o dia ao ar livre fazendo colares de flores, bolos de barro e casinhas de contos de fadas é tão importante como praticar fonética. Melhor dizendo, muito mais importante.
E ainda acrescenta uma lista que considera mais importante. A lista do que os pais devem saber:
  • Que cada criança aprende a andar, falar, ler e fazer cálculos a seu próprio ritmo, e que isso não tem qualquer influência na forma como irá andar, falar, ler ou fazer cálculos posteriormente.
  • Que o fator de maior impacto no bom desempenho escolar e boas notas no futuro é que se leia às crianças desde pequenas. Sem tecnologias modernas, nem creches elegantes, nem jogos e computadores chamativos, se não que a mãe ou o pai dediquem um tempo a cada dia ou a cada noite (ou ambos) para sentar-se e ler com ela bons livros.
  • Que ser a criança mais inteligente ou a mais estudiosa da turma nunca significou ser a mais feliz. Estamos tão obstinados em garantir a nossos filhos todas as “oportunidades” que o que estamos dando são vidas com múltiplas atividades e cheias de tensão como as nossas. Uma das melhores coisas que podemos oferecer a nossos filhos é uma infância simples e despreocupada.
  • Que nossas crianças merecem viver rodeadas de livros, natureza, materiais artísticos e a liberdade para explorá-los. A maioria de nós poderia se desfazer de 90% dos brinquedos de nossos filhos e eles nem sentiriam falta.
  • Que nossos filhos necessitam nos ter mais. Vivemos em uma época em que as revistas para pais recomendam que tratemos de dedicar 10 minutos diários a cada filho e prever um sábado ao mês dedicado à família. Que horror! Nossos filhos necessitam do Nintendo, dos computadores, das atividades extraescolares, das aulas de balé, do grupo para jogar futebol muito menos do que necessitam de nós. Necessitam de pais que se sentem para escutar seus relatos do que fizeram durante o dia, de mães que se sentem e façam trabalhos manuais com eles. Necessitam que passeiem com eles nas noites de primavera sem se importar que se ande a 150 metros por hora. Têm direito a ajudar-nos a fazer o jantar mesmo que tardemos o dobro de tempo e tenhamos o dobro de trabalho. Têm o direito de saber que para nós são uma prioridade e que nos encanta verdadeiramente estar com eles.
Então, o que precisa mesmo – de verdade – uma criança de 4 anos?
Muito menos do que pensamos e muito mais!
Para ver o artigo completo, clique aqui.


14 comentários:

  1. Compartilho do mesmo pensamento. Não gosto de comparações, não acho saudáveis para nenhuma das partes, seja para que foi comparada com ônus ou Bônus.

    Adorei o Post.

    Beijos

    dedicacaomae.blogspot.com.br

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  2. Pura verdade, tem pais que querem ficar exibindo o que os filhos fazem melhor que as outras crianças..isso não muda em nada!!Adorei o post!
    Bjo!

    http://maeemulher1.blogspot.com.br/

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  3. tenho horror a comparações e exibições, tens toda razão
    bjcas
    http://estou-crescendo.blogspot.com.br/

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  4. Credo, acredito que esse tipo de mãe não deve bater muito bem da cabeça.
    Contar como seu filho esta indo é uma coisa, mas comparar com outra criança, de forma que agente ver que é pra colocar o outro pra baixo, ai ja é demais!!!

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  5. Já passei varias vezes por isso, conheço varias mães que se "vangloriam" pq o bebe mais novo faz mais coisas que o meu e etc. Hoje em dia já nem Ligo!

    Beijo
    Diariodematernidade.blogspot.com

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  6. Isso é chato...
    As vezes não sabemos como lhe dar
    Bjus

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  7. Também não gosto de comparação, mas sei que muitas mães as vezes fazem sem noção! Cada criança tem seu crescimento! Tudo é no tempo deles! Bjos
    Tatty Nunes - Mãe de Primeira Viagem

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  8. É o que penso e tento viver por aqui com a Lara. bjus Coisas da Lara

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  9. Super texto.
    Esse é o meu pensamento também.
    Não gosto de comparações bestas.
    Beijos

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  10. Ai não aguento, tem mãe que acha que filho é um objeto para ficar mostrando!bjo

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  11. Concordo filho não é trofeu, e também comparação odeio, minha mãe ate hoje faz isso.
    Bjus

    Encanto de Menina
    http://geriencantodemenina.blogspot.com.br/

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  12. É verdade, nos preocupamos as vezes com coisas que nossos filhos não dão a minima importância... porque o que importa para eles é ter nossa atenção, ser ouvido, compreendido e ter o nosso amor a cima de tudo.
    Adorei o artigo
    Bjs

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  13. Amiga, amei o texto!
    Infelizmente vivemos comparando, mas a prática, o dia a dia nos mostram ao contrário, basta estarmos sensíveis a esses processos.
    Amei, bjs

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  14. Amei o texto. Vou levando...
    Infelizmente no mundo de hoje tudo tem comparação. Acho que cada um é diferente do outro, e aprendemos isso no dia a dia. Bjs
    Vivi e Isaac

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